2.5.15

+projecto #1





1.simplificar Tinha de começar pelo básico "menos é mais". Não vale de nada ter cortes, plantas, alçados, uma infinidade de pormenores e belas perspectivas se eles em vez de "comunicarem" entre si parecem em disputa. Um portefólio tem de ter uma "linguagem comum" em que todas as peças "pertencem" a um todo.

2.ser selectivo com as cores Há que não cair em extremos. Sim, o preto, branco, escala de cinza tradicional tem um ar clean e profissional, deixando brilhar o conteúdo, mas a cor também não é proibida desde que usada com a devida parcimónia. Nada como uma bela aguarela sépia ou uma caneta pincel para dar vida a uma simples axonometria. Só nada de capas cor-de-rosa cintilante ou grandes frases chavão de star architects a marcador preto.

3.manter um fio condutor Mais do que a escolha das cores e das peças a incluir, é fundamental manter uma imagem comum do início ao fim. Caso contrário, torna-se mais difícil para alguém exterior perceber a evolução e totalidade do trabalho apresentado.



(Esquisso para o projecto das Residências de Estudantes do Politécnico de Coimbra (R3)- Gonçalo Afonso Dias FONTE + Esquisso para Temporary Auditorium in L'Aquila Italy - Renzo Piano Arches FONTE)


4.não viver só de montagens 3D Muitos professores comentam a facilidade com que alguns alunos fazem belas imagens a computador, lembrando a lacuna dos "novos" arquitectos no desenho manual. O meio-termo é o mais indicado. Incluir tanto montagens como simples esquemas feitos à mão mostra não só versatilidade como também permite beneficiar dos aspectos positivos tanto do rigor do computador como da expressividade do desenho.

5.deixar que as imagens falem por si Um portefolio deve ser 90% imagens e 10% pequenas anotações (em caligrafia cuidada!). Sabemos que atingimos a perfeição quando alguém compreende o âmbito do nosso projecto só de olhar para os desenhos, sem termos de dizer uma única palavra.

6.manter um ar profissional Desde o básico manter os esquissos limpos até à escolha dos materiais e do layout das páginas existem muitos detalhes em que pensar e que fazem toda a diferença. Nunca subestimar o potencial de um portefólio cuidado. O truque é pensar no professor como um hipotético cliente: ninguém escolheria um projecto com um portefólio cheio de manchas de café ou com todas as cores do arco-íris.


Fernando Távora, Escola de Arquitectura da Universidade do Minho, Esquissos da Sala de Desenho, s.d., s.e, A4 FIMS/ FT/ 0194 A - pd 0002. Cortesia da Fundação da Cidade de Guimarães. archisketchbook - architecture-sketchbook, a pool of architecture drawings, models and ideas - Architectural Drawings by Daniel Libeskind at...

(Fernando Távora, Escola de Arquitectura da Universidade do Minho, Esquissos da Sala de Desenho, s.d., s.e, A4 FIMS/ FT/ 0194 A – pd 0002. Cortesia da Fundação da Cidade de Guimarães e Família de Fernando Távora FONTE +  Desenho de Daniel Libeskind FONTE)


7.observar outros exemplos Ás vezes, não sabemos qual a melhor forma de compor uma página. Não tem nada de mal. Pedir opinião àquele colega que tem um portefólio imaculado é uma opção ou então a internet está cheia de exemplos de grandes arquitectos que podem servir como inspiração. 

8.deixar um cunho pessoal Seja na cor escolhida, no tipo de letra ou na maneira de desenhar. É importante deixar um cunho pessoal, onde pequenos detalhes se vão mantendo de projecto para projecto construindo a nossa identidade aquando futuros arquitectos.

9.incluir trabalho de bastidores Todos queremos entregar um trabalho bonito no dia do exame, mas o portefólio não deve parecer um trabalho final. Nada de ter vergonha das pequenas dúvidas anotadas nas margens das folhas ou dos primeiros esquissos riscados em fase de brainstorming.

10.manter uma numeração Arranjar uma numeração ou organização entre as páginas facilita não só a consulta como também a nossa organização enquanto o estamos a desenvolver. É costume apresentar as páginas mais antigas no final e as mais recentes serem as primeiras a figurar mal se vira a capa.

Sem comentários:

Enviar um comentário